A 22ª
edição do Projeto Tocando Santos, que este ano homenageia os 30 anos da Pinacoteca
Benedicto Calixto, tem o terceiro concerto da temporada realizado neste domingo
(22), a partir das 18h, no Teatro do Sesc-Santos (Rua Conselheiro Ribas, 136,
Aparecida), com performance da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, que
tem a regência do maestro John Neschling, à frente do trabalho desde 2013. Ingressos
custam de R$ 5,00 a R$ 17,00.
Até o
começo do século 20, as companhias líricas internacionais que se apresentavam
no Theatro Municipal de São Paulo traziam da Europa seus instrumentistas e
coros completos, pela falta de um grupo orquestral em São Paulo especializado
em ópera.
Somente
a partir da década de 1920 uma orquestra profissional foi criada e passou a
realizar apresentações esporádicas, tornando-se regular em 1939, sob o nome de
Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. Uma década mais tarde, o conjunto
passou a se chamar Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e foi
oficializado em lei de 28 de dezembro de 1949, que vigora ainda hoje.
Estiveram
à frente do gruopo os maestros Arturo de Angelis, Zacharias Autuori, Edoardo
Guarnieri, Lion Kasniefski, Souza Lima, Eleazar de Carvalho e Armando Belardi.
O maestro
Diretor
Artístico do Theatro Municipal de São Paulo desde 2013, o carioca John
Neschling voltou ao Brasil após alguns anos se dedicando à carreira na Europa,
e depois de ter, durante 12 anos, reestruturado a Orquestra Sinfônica do Estado
de São Paulo (Osesp), transformando-a em um ícone da música sinfônica na
América Latina.
Durante
a longa carreira de regente lírico, dirigiu, musical e artisticamente, os
Teatros de São Carlos (Lisboa), St. Gallen (Suíça), Bordeaux (França) e Massimo
de Palermo (Itália). Foi residente da Ópera de Viena (Áustria) e se apresentou
em muitas das maiores casas de ópera da Europa e dos EUA, em mais de 70
produções diferentes. Dirigiu ainda, nos anos de 1990, os teatros municipais do
Rio de Janeiro e de São Paulo.
Como
regente sinfônico, tem uma longa experiência frente a grandes orquestras dos
continentes americano, europeu e asiático. Suas gravações têm sido
frequentemente premiadas e o registro de Neschling para a ‘Sinfonia N. 1 de
Beethoven’ foi escolhido pela revista inglesa Gramophone como um dos melhores
da história.
No
momento, o maestro grava pela produtora sueca BIS toda a obra sinfônica de
Ottorino Respighi, com a Orquestra Filarmônica Real de Liège. O terceiro volume
da integral está em fase de lançamento e o quarto em processo de gravação.
Outras datas
do Tocando Santos
Outras
apresentações previstas para este ano, sempre no Sesc, são Orquestra Jovem Tom
Jobim, sob a batuta de Roberto Sion (12 de junho); e Banda Sinfônica do Estado,
com comando de Marcos Sadao Shirakawa, em 3 de julho.
A
Orquestra Sinfônica Municipal de Santos marca presença, com o maestro Luís
Gustavo Petri à frente, no dia 7 de agosto. A sequência de apresentações traz a
Orquestra Sinfônica Heliópolis, com regência de Isaac Karabchevsky (25 de
setembro); Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, sob a batuta de Mônica
Giardini (9 de outubro); e Orquestra Jazz Sinfônica do Estado, com o regente
João Maurício Galindo (20 de novembro).
Em
dezembro, a agenda traz a Orquestra Sinfônica da Unicamp e Coro Contemporâneo
de Campinas, com regência de Cinthia Alireti e Ângelo Fernandes (4 de
dezembro), e o tradicional encerramento da temporada com o concerto da
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) na Praia do Gonzaga, ao lado
do Canal 3.
O
Tocando Santos tem apoio da Associação dos Artistas e parcerias com a
Prefeitura Municipal de Santos e Sistema A Tribuna de Comunicação. A realização
é do Sesc-SP, Agem e Governo do Estado de São Paulo. Confira a programação no
site sescsp.org/santos ou no site agem.sp.gov.br.
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